Descrição
Título: Práticas do Oral: Teorias e Práticas
Editora: Pró-Fono
Autor: Frédéric François. Tradutor: Lélia Erbolato Melo.
No. de Páginas: 235
ISBN: 85-85491-16-7
O livro Práticas do Oral nos remete à diversidade do que pode ser feito quanto à linguagem, em oposição à Unidade da Língua. Esta diversidade se manifesta, inicialmente, na variação das relações entre a linguagem e o que a acompanha: os outros signos, o corpo, o real, o irreal. A circulação do sentido no diálogo, os diferentes meios pelos quais o adulto pode, ou não, ajudar a criança, enfatizam esta variedade. Ela se encontra na multiplicidade dos gêneros do discurso, na diversidade e mistura dos “estilos de linguagem”. A criança aí penetra, então, de várias maneiras. Os usos precoces da narrativa infantil constituem um material de análise particularmente rico. Lingüistas, pedagogos, fonoaudiólogos encontrarão neles os traços vivos de suas experiências singulares.
Prefácio da Edição Brasileira.
Introdução.
Capítulo I. Sentido, Signo e Noções Conexas.
1. O sentido de “sentido” e de “signo”.
– O signo, definição estrita ou apresentação indireta.
– Fio condutor ou lista aleatória?
2. Sentido, signos e não-signos.
– Ação?
– Sentido, signo e percepção.
– Signos, afetos, prazeres e desprazeres.
3. Alguns outros modos de classificar os signos.
– A linguagem e seus possíveis.
– O sinal e o símbolo.
4. Significações analíticas, significações não-localizáveis e algumas outras.
– Significações analíticas e significações não-localizáveis.
– Atmosfera, expressão, corpo.
– Bateson e a oposição analógica-digital.
– Significações não-localizáveis e correspondência afetiva.
– As experiências típicas.
– O associativo e o metafórico.
– A linguagem e a retomada-modificação do sentido.
– Significar e mostrar.
– As significações implícitas.
5. Signo e diálogo.
– Diálogo e diferença.
– Significações monológicas e significações dialógicas.
6. Tipos de significações, mundo e mundos.
– Tentativa de definição.
– Modos e mundos. Alguns problemas “de linguagem”.
7. Linguagem, diálogo, interpretação.
– Interpretação e abertura do sentido.
– Metalinguagem, metadiscurso?
– Ponto de vista.
– Diálogo intersemiótico.
– Um, dois, vários… Metadiscurso e jogo.
Capítulo II. Infância, Jogo, Linguagem e Jogos de Linguagem.
1. Piaget, o jogo e o sentido.
– Nota sobre monoteísmo, dualismo, politeísmo e “ciência”.
– A imitação como jogo.
– Jogo e símbolo.
– Linguagem, jogo, metáfora.
– Imaturidade, jogo e aprendizagem segundo Bruner.
2. Área intermediária, jogo, criação e linguagem a partir de Winnicott.
– Sentido e objeto transicional.
– O jogo e seus limites.
– Jogo, cultura, linguagem.
3. Wittgenstein, os jogos de linguagem e a linguagem como jogo.
– Jogos e jogos de linguagem.
– Sabemos em qual jogo jogamos?
– Wittgenstein, leitor do “discurso científico”.
– Descrever ou explicar o jogo? O sentido?
– Espaço de jogo e “ilusão”.
– Diálogo, estilo e interpretação.
Capítulo III. Língua, Jogos de Linguagem e Movimentos Discursivos.
1. O fantasma da gramática.
– Afinidades e naturalidade.
– Qual estatuto para os elementos gramaticais?
2. Horizonte discursivo e implícito.
– O implícito como dado comum estável.
– O implícito, saber local normalmente não atualizado.
– A pressuposição recíproca de tipos de enunciados diferentes.
3. Continuidade e movimentos.
– Felicidade e irrupção.
– Comunidade e deslocamentos.
– Alguns aspectos da coesão gramatical.
– Marcas locais e signos permanentes.
– Continuidade e deslocamentos temáticos.
– A oposição paralela-complementar.
– Os encadeamentos metadiscursivos.
– Nota sobre simetria, complementaridade, metalinguagem e tutela.
4. Gêneros, mundos e lugares.
– Linguagem e gêneros discursivos.
– Unidade do mundo e diversidade dos mundos.
– Papéis e lugares discursivos, fixos e variáveis.
– Algumas complicações para concluir.
5. Dois exemplos contrastados.
– Primeiro pássaro estranho.
– Segundo pássaro estranho.
Capítulo IV. Falar ao Mesmo Tempo, Deixar Falar, Fazer Falar.
1. Para analisar a colocação em palavras.
2. Como ajudar uma criança a falar?
– A tutela segundo Vygotsky e Bruner.
– Tutela, contra-tutela, interação e imaginário.
– Uma tutela insistente.
– Um modo “de conversação”.
– Falar “de” ou “por ocasião de”?
– Codificações contrastadas.
– Mudança de mundos ou mistura de mundos?
– E então?
Capítulo V. A Criança e as Narrativas.
1. Estrutura da narrativa?
– Estrutura ou trama?
– A “estrutura”, essência ou paráfrase?
2. Labov e a heterogeneidade discursiva da narrativa, enunciação e avaliação.
– Um modelo de narrativa.
3. Barthes e a heterogeneidade das leituras.
– Os códigos.
4. A visão estética da narrativa.
– A completude estética, o herói e o autor segundo Bakhtine.
– A experiência estética segundo Jauss.
5. A estética e o “resto”.
6. Algumas narrativas de crianças.
– Narrativa e interpretação.
– Cedrik 1.
– Cedrik 2.
– Passeio com um outro autor.
– O acidente e sua ênfase.
– Mudar de tema, mudar de gênero.
7. Irredutibilidade da narrativa.
– A narrativa como mito.
– Mito, linguagem, infância.
Conclusão.
Glossário.
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